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MANIFESTO EM DEFESA DO ESPAÇO DOS ESTUDANTES
 

Um pouco do Histórico do CEUE nos últimos 7 anos.
 
Em 1998, na Gestão Jarbas Militiski da Escola de Engenharia, o Centro dos Estudantes Universitários de Engenharia (CEUE) sofreu uma série ameaça de perda de espaço físico. A proposta era reformar o espaço físico do CEUE, porém com a redução do espaço físico. Alguns alunos, vamos dizer assim "mais veteranos", ainda lembram que não existia mais sequer piso dentro do espaço do CEUE e além dos alunos, quem também dava apoio para a realização da matrícula eram literalmente os "cupins".

A proposta consistia na redução drástica do espaço, com colocação de um bar no estilo "filial do Bar do Antônio", além de utilização de outras partes do espaço em salas de aula para cursos pagos (numa grande arrancada para a mercantilização do ensino). Imediamente, os esrtudantes de Engenharia se mobilizaram e realizam um plebiscito sobre a entrega do espaço. Os estudantes decidiram majoritariamente pela não entrega do espaço.

Seguindo, as gestões futuras do CEUE priorizaram a reforma sem entrega do espaço. Com o dinheiro arrecadado com as carterinhas escolares, em menos de 6 meses o CEUE já havia arrecadado quantia suficiente para o início da reforma do piso. Foram criados inúmeros empecílios pela referida administração da engenharia, que procuravam inviabilizar a reforma do espaço promovida pelos próprios estudantes de Engenharia.

Foi necessário a troca do diretor da escola de Engenharia, no ano 2000, com a eleição do professor Brito, este permitiu e abriu uma série de caminhos internos da universidade e dentro da escola de Engenharia que possibilitou a Reforma do Piso. Mas é bom relembrar: a reforma do piso do CEUE foi feito pelos Estudantes, com os recursos financeiros dos estudantes, e com grande parte da mão de obra realizada pelos estudantes. E não foi só o piso, foi também as aberturas (mantendo as características histórica do prédio) e uma série de melhorias para a utilização do espaço).

Infelizmente a atual Gestão da direção da Escola de Engenharia, tendo como diretor da Escola de engenharia o professor Alberto Tamagna, de uma forma arbitrária, anti-democrática, quer reduzir o espaço do CEUE, e com os mesmos intuitos que a Gestão do Diretor Jarbas. Com o pano de fundo da reforma de toda a escola de Engenharia Velha (externa e internamente), tem como o objetivo a redução de mais 50% do CEUE, com a "suposta intenção" de implementar um museu, um memorial e uma cafeteria particular. Cabe ressaltar que o mesmo diretor, quando chefe de departamento da Engenharia Mecãnica, extinguiu o Museu do Motor, que era coordenado por aluno e ex-alunos.

O Espaço do Centro dos Estudantes de Engenharia, gerido pelos estudantes de engenharia, é um dos poucos espaços que existe na universidade em que a preocupação principal é com o Estudante. No espaço do CEUE, foi construído um laboratório de informática com 21 computadores, construídos e mantidos pelos Estudantes, em que qualquer aluno da universidade, de qulaquer curso tem acesso. É raro ou não exite um espaço similar dentro da universidade. Além disso, o CEUE possui uma sala de estudos, que lota em períodos de prova (pois a biblioteca da engenharia não da conta em mesas para estudo). Sala de vídeo e convívio social (tlevisão, jornais, revistas, xadrez, sinuca, ping-pong e bate papo), além de manter, em uma sala de aula do CEUE, um cursinho pré-vestibular para alunos carentes, que atende mais de 140 estudantes carentes, com uma média de aprovação dentro do vestibular da UFRGS superior aos famosos pré-vestibulars pagos. Todos estes recursos, a universidade não oferece aos estudantes.

E o mais importante: o CEUE é um espaço para organização dos estudantes para a luta pelos direitos estudantis e pela transformação necessária da sociedade em que vivemos. Podemos citar a mudança nas regras dos estágios dos alunos permitindo que o mesmo possa trabalhar para manter-se na universidade, a luta contra o aumento do RU e as passagens escolares, à defesa nos conselhos pelo currículo priorizando a graduação, contra a criação dos cursos pagos, pela avaliação docente efetiva que avalie a qualidade das aulas ministradas na universidade, pelo participação efetiva dos alunos em suas comissões de gradução e conselhos de unidade e construção de um movimento estudantil em defesa da Univesidade Pública.

Portanto queremos deixar claro, não há estudante de engenharia que seja contra a restauração do prédio histórico da Engenharia Velha, aliás foi a organização dos estudantes de engenharia que possibilitou o espaço do CEUE mantendo suas características históricas, mostrando sua preocupação com este espaço. O que não aceitamos é redução do espaço do CEUE e ingerência do diretor da escola de engenharia em um espaço centenário e, desde sua criação esteve sob cuidados dos estudantes.

Vistos as inúmeras atividades realizadas dentro do espaço físico do CEUE, nota-se que os estudantes de engenharia que dirigem a entidade estão muito mais preocupados com a graduação que a própria direção da Escola de Engenharia.

Estamos abertos ao diálogo sobre a questão da Restauração do Prédio Histórico da Engenharia Velha. Porém não aceitamos a redução do espaço e só sairemos do prédio para permitir a reforma com uma garantia institucional de preservação deste espaço histórico do movimento estudantil.


CEUE
Centro dos Estudantes Universitários de Engenharia

NÃO À MERCANTILIZAÇÃO DO ENSINO PÚBLICO